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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MARINA AMIZ

 

Biografia publicada originalmente em 1977:

Marina Amiz da Silva  nascida em Goiás, no Estado de Goiás, no dia 15 de junho de 1953, viveu no interior até 1967, quando se transferiu
para a cidade de Santos (São Paulo).
Publicitária, cursa o terceiro ano da Faculdade de Comunicação Social Anhembi, na cidade de São Paulo.
Sempre interessada pela arte, vez vários curso de Teatro, Dicção e Expressão Corporal promovidos de 1970 a 1974 pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes de Santos e pela Federação Santista de Teatro Amador (FESTA).
Neste período participou do Teatro Estudantil de Pesquisas (T.E.P.) e da Fundação do Teatro de Verdade e Informação (TEVIN), em cujas diretorias exerceu o cargo de Presidente.
Atualmente, afastada dessa atividade devido à sua residência em São Paulo, e ao pouco tempo disponível para tal, não perdeu todavia o contato com seu principal hobby, “a poesia versátil e espontânea, isenta de política ou religião, que broto de nós como o próprio amor, sem pedir licença.”
Esta é a primeira publicação de que participa, devendo-lhe este acontecimento à conquista do 2º. E 4º. Lugares no “III Concurso de Poesias e Trovas” patrocinado pela Academia Santista de Letras, Casa do Poeta e Casa de Cultura Alemã, respectivamente com os poemas “Abordagem” e “Como se tudo dependesse de querer”, incluídos nesta coletânea.
 

 

ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL.  2º. VOLUME.    Organização de Aparício Fernandes. Capa  de Ney Damasceno.  Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1977.  496 p. 
Ex. bibl. Antonio Miranda
 

 

SEMPRE O MENINO

Ah, meu menino! Eu te quero sempre o menino
que me lava o espírito
e me revira, se me deito...
Que me dispara em tropel por esta casa deserta e muda!

Ah, meu menino!
Alma inquieta,
dentes cerrados,
mãos estendidas à vida!

Come o meu coração
se isso ajuda a te manter neste menino
que me lava o espírito
e me revira, se me deito...
Que me dispara em tropel por esta casa deserta e muda!



TÃO DISTANTE QUANTO PERTO  

Enquanto eu dure...
Eu já não posso mais cumprir
a assiduidade deste meu compromisso
de te beijar as mãos sem dizer palavra,
já que dizer “te quero”
é uma ameaça retida em pausadas meditações.

Que posso eu fazer
se não consigo mais ficar enrolando tanta data
como os gatos em novelos de lã?
A dor nos olhos de me ver aqui
não adianta água boricada.

Enquanto eu dure...
Só que eu não duro muito tempo
se te vejo uma multidão furiosa
avançando contra o meu nariz
ou assim viscoso (Deus me perdoe),
morto e mudo,
distante como os galanteio  de 1800
tão perto de mim.

 

COMO SE TUDO DEPENDESSE DE QUERER 

Entra em mim
como se a casa fosse tua,
à cata de algo pleno,
como um louco.

Deixa meu corpo ser cadeira de balanço
pros teus ombros tensos
e que corra de meus braços
o alívio pro teu dia cheio,
pra tua cabeça tonta
e pro teu sono.

Entra em mim
como o sol pela janela,
sem pedir licença,
como se tudo dependesse de querer.

Deixa só acontecer, mais nada,
sem promessas;
sem medo de todas essas coisas que eu quero te dar.



COMO EVITAR?

Eu mesma já dizia
que seriam muitas as vezes:
eu — desdobramento  permanentemente nas premissas
ou sem rumo na calçada.

A me abalar em receios de malogros,
em ais, por recados...

Eu não queria.  Eu não queria
Mas...  ah! eu te conheço!
Eu me conheço quando passas
e me cerras as pálpebras
com a solidão das tuas ruas de açúcar...
 

 

ABORDAGEM 

Quizesse você, queria eu, e era só isso
a perplexidade no seu rosto
desmanchando a minha madrugada atônita.
Porque eu quero, eu vou
(e grito ao seu ouvido)
abrir seu peito ao seu conforto
sem saber dos riscos e sem usar os trincos.

Eu sei que, por menos que eu saiba,
você sabe aonde estou:
e então não é possível impedir
que você chegue e me povoe
pois dizer não à sua vinda é tão cretino
quanto é clara esta loucura que abraça as minhas tripas,
quanto é certo eu ter em mãos,
ao seu dispor,
que eu amo repentinamente,
repetidas vezes,
desenfreada e indecorosamente
quando me tenho correndo em seu encalço
pra lhe servir de abrigo.

Não está em mim não me perder
ou pecar por saber de cor
como me abordam os dias em que você me apavora
por me falar como haveria de falar
o fundo de um lago abandonado pelos patos.
 

 

QUANDO

Bons olhos te vejam
quando eu te sentir um demente
a me turvar as águas,
a me enroscar nas pernas.

Insista a boa fé,
e o sorriso ao fator ser amante
sob todos os ventos.
 

 

SUCO DE MAÇÃ

Suor na sua testa, nos seus ombros.
O quanto de importância haja nisso
eu roubo a este estágio,
à eternidade de pijama contorcida nos seus ossos,
à minha noite cumprindo quarentena
pois eu já me acostumei a dormir coma paredes
e a achar natural que o inverno chegue sempre com você.

Roubo em atenção aos nossos meios,
por mim, por nós, pelo que somos agora:
o meu braço descendo, às pressas, o vidro da janela
pra que você não se resfrie;
abrindo,, aos murros, os meus vidros
para que você entre e se banhe em água quente.

Roubo, roubo sim, e dou de graça
a graça de o ver, enfim você:
pronto de partida à folia e ao espanto;
você, visões de bolas de capim rolando em chão de terra fresca,
fêmea aturdida,
ou, simplesmente,
suco de maçã  correndo em minhas veias.
Escoando por meus ralos.

 

 

COM AS OITO LETRAS, OBRIGADA

 

Obrigada por encontrar-me aqui,
integralmente,
após derrubar-me a porta
e, tão fácil, vencer meu preconceito
de lhe deixar um bilhete
sem nome de cidade e sem data
em cima da sua cama.

Obrigada.
Com todas as oito letras, obrigada
por ter se dado a mim
de livre e boa vontade
ou,.pelo menos, pelo consentimento
de embalar meu colo no seu peito,
seu pensamento em minha língua;
por me beber o corpo como chuva,
com todos os seus poros;
por chorar na minha frente;
por querer-me tanto
e me encontrar tão depressa
nas vinte e quatro hora do dia,
mesmo quando estou ausente.

 

 

PELO AMOR DE DEUS, NÃO DEIXES

 

Eu posso refazer-te desse susto
num piscar de olhos.

Vamos, coragem!
Foge da ferrugem que te ata os pés
e não te deixa mais mover os tornozelos
rumo a mim;
que não me deixa desbotar a maquiagem
neste teu corpo que correu de mim
pra esse ar de vencedor que te engole.

— Não, não, não,
eu não quero, não, não quero,
me larga, me larga, me desgruda!
Não quero mais a tua boca no meu copo,
teu cabelo no meu pente,
tuas coxas no meu colo!

Toma alguma providência,
reage!
Manda-me pro inferno
se eu voltar
a te amar de novo.

 

***

Página publicada em março de 2021

 

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